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O PIX na mira dos fiscos Estaduais.

Como a Decisão do STF sobre o Convênio ICMS 134/2016 Impactar as Empresas?

Se você é empresário, já deve ter ouvido falar sobre as fiscalizações relacionadas às transações com cartões de crédito. Muitos contribuintes, nos últimos anos, já receberam intimações por não emitirem notas fiscais de todas as operações realizadas com esses meios de pagamento. Isso aconteceu porque as administradoras de cartão são obrigadas, desde o Convênio ICMS nº 134/2016, a enviar informações detalhadas sobre as transações para os fiscos estaduais. A partir dessas informações, o Fisco pode cruzar dados e identificar inconsistências entre o faturamento declarado e as transações realmente realizadas.

Agora, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7276, essa prática de controle tributário foi considerada constitucional, ampliando a possibilidade de fiscalização para outras modalidades de pagamento, como o PIX. Mas, o que isso significa para a sua empresa?

O que já ocorre com cartões de crédito

Empresas que já sofreram fiscalizações por não emitirem notas fiscais para todas as operações com cartões de crédito, sabem como o Fisco é rigoroso. A partir das informações enviadas pelas administradoras de cartão, o Fisco consegue identificar a discrepância entre as transações financeiras e as notas fiscais emitidas. Quando isso ocorre, o contribuinte pode ser intimado a justificar essa diferença, o que pode resultar em multas pesadas e até mesmo autuações maiores.

Com a decisão do STF, essa prática não só foi validada, como também abre caminho para o controle de novos meios de pagamento, como o PIX, que se tornou amplamente utilizado por pequenos e grandes empresários.

Quem já está regular pode ficar tranquilo

Se você é daqueles empresários que emitem nota fiscal para todas as operações, independentemente da forma de pagamento, não há motivo para preocupação. A decisão do STF não traz nenhuma mudança negativa para o seu negócio. Pelo contrário, a prática de emissão de notas fiscais em todas as operações financeiras já coloca sua empresa em uma posição de segurança tributária. Isso garante que as transações estão devidamente registradas e alinhadas com o que as autoridades fiscais esperam.

O cruzamento de informações entre o que foi transacionado e o que foi declarado ao Fisco ficará cada vez mais rigoroso, mas quem já cumpre todas as obrigações poderá seguir tranquilo e focado no crescimento de seu negócio, sem o risco de ser surpreendido por fiscalizações.

Atenção aos que ainda correm riscos

Por outro lado, empresários que ainda optam por não emitir notas fiscais para todas as suas operações devem ficar em alerta. Com a validação dessa prática de controle e a expansão para novas modalidades de pagamento, como o PIX, a fiscalização ficará ainda mais intensa. O risco de ser pego em uma fiscalização aumentou significativamente, e as multas podem ser altas para aqueles que não estão cobrindo todas as operações com notas fiscais.

É importante entender que a tecnologia permite que o Fisco tenha uma visão ampla das movimentações financeiras das empresas, e a falta de regularização pode causar sérios problemas, como autuações fiscais, perda de crédito tributário e até restrições em operações financeiras futuras.

Um Resumo da ADI 7276: Quem Entrou com a Ação e Qual Foi o Resultado?

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7276 foi movida pelo Estado do Tocantins e outras partes interessadas, que questionaram a constitucionalidade de algumas obrigações acessórias impostas pelo Convênio ICMS nº 134/2016, o qual exige que instituições financeiras e intermediadoras de pagamento forneçam informações detalhadas ao Fisco sobre as transações realizadas com cartões de crédito, débito e outros meios eletrônicos. A preocupação central era se essas normas violavam o direito à privacidade e ao sigilo bancário, já que obrigavam a transferência de dados financeiros para as autoridades fiscais.

O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, julgou a ação e decidiu, por maioria, que essas normas não violam a Constituição. O tribunal concluiu que o compartilhamento de informações fiscais, desde que utilizado exclusivamente para fins tributários, não caracteriza quebra de sigilo bancário ou invasão de privacidade. Com essa decisão, o STF validou a prática dos fiscos estaduais de cruzarem os dados financeiros dos contribuintes para fins de fiscalização, ampliando o poder de controle sobre as transações financeiras de empresas e cidadãos. Isso reforça a necessidade de os empresários manterem suas operações fiscais totalmente regularizadas.

Como a decisão do STF afeta o PIX

Desde o surgimento do Convênio ICMS nº 50/2022, que foi posteriormente revogado, o PIX passou a ser visto com preocupação pelos contribuintes, especialmente aqueles que não estão 100% regulares. Embora ainda faltem critérios claros sobre como e quando o Fisco terá acesso a essas informações, a tendência é que as transações realizadas via PIX comecem a ser monitoradas e integradas às obrigações acessórias, como já ocorre com os cartões de crédito.

O PIX, por ser um meio de pagamento instantâneo e amplamente utilizado, aumenta o alcance do Fisco para verificar as transações de pequenos e grandes negócios. Portanto, aqueles que ainda não emitem notas fiscais para todas as operações estão se expondo a um risco ainda maior de fiscalização.

A melhor maneira de economizar é com planejamento

Se você está buscando formas de economizar impostos, o caminho não é sonegar ou deixar de emitir notas fiscais. A maneira segura e legal de pagar menos impostos é investindo em planejamento tributário. Além disso, é essencial focar em práticas como:

– Controle de custos: Identificar onde sua empresa pode economizar em despesas operacionais.

– Precificação correta: Calcular o preço dos seus produtos ou serviços de forma que cubra os custos e impostos de forma eficiente.

– Gestão de compras: Negociar com fornecedores e administrar bem o estoque para otimizar o fluxo de caixa.

E para isso, contar com a ajuda de um contador consultor é fundamental. Ele pode ajudar a planejar estrategicamente suas finanças, otimizar o pagamento de impostos dentro da lei, e garantir que sua empresa esteja sempre em conformidade com as exigências fiscais. O contador será seu parceiro na gestão financeira, ajudando a identificar oportunidades de redução de custos e mantendo sua empresa segura diante das fiscalizações.

Conclusão

A decisão do STF reforça a necessidade de as empresas estarem em conformidade fiscal. Quem já está regular pode continuar tranquilo, sabendo que está protegido contra fiscalizações e autuações. Mas, para aqueles que ainda correm riscos por não cobrir todas as operações com notas fiscais, o momento de regularização é agora. Com as transações eletrônicas cada vez mais monitoradas, o caminho mais seguro para crescer e economizar impostos é investir em planejamento tributário e ter um contador consultor ao seu lado.

Mantenha-se regular, planeje-se e evite surpresas indesejadas!

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